Por
Afya Itaperuna
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Entrar na faculdade de medicina é como mergulhar em um oceano de descobertas. Entre anatomia, farmacologia e plantões, há um tema que muitos só conhecem tarde demais: cuidados paliativos.
Mais do que tratar doenças incuráveis, os cuidados paliativos ensinam a cuidar de pessoas, e entender isso logo no início da graduação pode transformar não apenas sua prática médica, mas também sua forma de enxergar a vida.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cuidados paliativos são a abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças ameaçadoras da vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, com tratamento da dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais.
No mundo, mais de 20 milhões de pessoas precisam desse tipo de cuidado a cada ano, mas apenas cerca de 14% têm acesso adequado. No Brasil, a oferta ainda é desigual, concentrada em grandes centros, deixando muitas regiões sem equipes especializadas.
Nas universidades, cuidados paliativos ainda aparecem de forma desigual, de acordo com o Jornal da USP. Relatos acadêmicos e debates públicos mostram lacunas na grade e na vivência prática dos alunos, especialmente em comunicação de más notícias e manejo de sintomas.
Especialistas ouvidos pela imprensa reforçam que muitas instituições ainda não estruturam o tema de modo consistente, o que repercute no preparo para lidar com dor, sofrimento e decisões compartilhadas.
Para o estudante, isso significa buscar formação ativa desde cedo, integrando teoria, prática supervisionada e reflexão sobre finitude. A boa notícia: há iniciativas crescendo no país.
Em maio de 2024, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) no SUS. A estratégia projeta habilitar 1,3 mil equipes e investir R$ 887 milhões por ano, com foco em acesso, educação e medicamentos essenciais.
O próprio governo estima cerca de 625 mil pessoas com necessidade de cuidados paliativos no país. O desenho prevê equipes matriciais e assistenciais, atuação multiprofissional e expansão para regiões com menor oferta.
A Agência Brasil também registrou o pacote de R$ 887 milhões para ampliar a oferta no SUS, reforçando o caráter estruturante da política.
Aprenda avaliação e tratamento de dor, dispneia, náusea, insônia e ansiedade, sempre com plano individualizado. O INCA resume o objetivo: aliviar sofrimento físico, emocional, social e espiritual.
Desenvolva escuta ativa, empatia e condução de conversas difíceis, desde o diagnóstico até decisões de fim de vida, evitando obstinação terapêutica.
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Cuidados paliativos exigem equipe multiprofissional integrada, com médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e assistentes sociais.
Paliar não é sinônimo de terminalidade; pode acompanhar o tratamento desde o diagnóstico para melhorar a qualidade de vida. Hospitais de referência deixam isso claro.
1) Coloque a base no lugar: estude conceitos, princípios e objetivos dos cuidados paliativos em fontes institucionais brasileiras. O INCA tem materiais introdutórios e conteúdo didático acessível.
2) Treine comunicação: simule conversas de más notícias com colegas e preceptores. Use protocolos, valide emoções e combine próximos passos. Universidades vêm debatendo esse treino como parte do currículo.
3) Vá a campo: busque ambulatórios, atenção domiciliar, enfermarias e interconsultas que integrem cuidados paliativos ao cuidado habitual. A PNCP incentiva a integração na rede.
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4) Aprenda em equipes reais: observe como profissionais ajustam analgesia, lidam com dispneia e conduzem planos terapêuticos singulares. Olhe além do sintoma e inclua família e rede de apoio.
5) Procure centros de referência: conheça serviços públicos e filantrópicos que são referência no tema, como o Hospital do Câncer IV (INCA), que também promove formação e treinamento.
6) Atualize‑se com notícia de qualidade: siga editorias de saúde que cobrem o avanço da PNCP e o impacto no SUS, para conectar teoria e política pública.
7) Traga o tema para a sua liga: organize seminários, rodas de conversa e leituras guiadas, convidando equipes do SUS e hospitais de excelência para discussões clínicas e éticas.
Aprender a cuidar vai muito além de dominar diagnósticos e tratamentos. Comunicação assertiva e empática com o paciente é um diferencial que transforma a relação médico-paciente e marca para sempre a carreira de quem a desenvolve.
Na Afya Itaperuna, essa habilidade é trabalhada desde cedo, junto a uma formação médica completa, moderna e conectada às demandas reais da profissão. Nós valorizamos temas essenciais, como a importância dos cuidados paliativos na prática médica.
Se o seu sonho é se tornar médico e fazer a diferença na vida das pessoas, conheça o curso de Medicina da Afya Itaperuna e dê o primeiro passo rumo ao seu futuro.
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