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Se você está estudando para passar em Medicina, um dos vestibulares mais concorridos em instituições de ensino públicas e privadas, deve saber que isso exige muita disciplina, tempo e um aprendizado eficaz. Separamos algumas técnicas de estudo comprovadas pela ciência para te ajudar a conquistar o tão sonhado curso de Medicina.
Apostar em técnicas de estudo comprovadas é essencial para quem deseja passar em Medicina por diversos motivos. Primeiro, essas técnicas, validadas por pesquisas científicas, otimizam a forma como o cérebro absorve, processa e retém informações, permitindo um aprendizado mais eficaz e em menos tempo.
Além disso, não adianta só decorar informações temporariamente e sim aprender, de fato. Métodos como prática distribuída, testes práticos e explicação elaborativa são especialmente eficientes para isso. Entender profundamente os conceitos e saber aplicá-los em situações práticas é crucial, e técnicas como estudo ativo, sessões de estudo em grupo e uso de recursos multissensoriais promovem essa compreensão.
A gestão eficaz do tempo é outra vantagem, já que técnicas como prática distribuída e intercalada ajudam a dividir o estudo em sessões menores, aumentando a produtividade. Essas estratégias também são úteis na preparação para exames e vestibulares de Medicina, que são altamente competitivos.
Além disso, estudar de maneira mais eficiente reduz o estresse, pois aumenta a confiança nas técnicas de estudo e no progresso, melhorando naturalmente a performance acadêmica.
A prática distribuída, ou espaçamento, é uma técnica comprovada pela pesquisa de Hermann Ebbinghaus em 1885, que introduziu a curva do esquecimento. Posteriormente, estudos como o de Nicholas J. Cepeda, confirmaram sua eficácia.
Essa técnica funciona dividindo o estudo em sessões menores distribuídas ao longo do tempo, em vez de concentrar tudo em uma única sessão longa.
Para utilizar a prática distribuída, planeje sessões de estudo curtas e frequentes, revisando o mesmo material em intervalos crescentes.
Exemplo: Se você tem um exame em três semanas, estude o material em sessões de 30 minutos cada dois dias, revisando cada tópico várias vezes ao longo desse período.
A prática intercalada foi destacada por Rohrer e Taylor (2007) em seus estudos sobre aprendizagem matemática. Esta técnica funciona alternando entre vários tipos de problemas ou temas diferentes durante o estudo.
Para estudar com a intercalada, em vez de estudar um único tópico hor horas a fio, alterne entre diferentes matérias ou tipos de problemas em cada sessão de estudo.
Exemplo: Em vez de resolver apenas problemas de álgebra durante uma hora, alterne entre álgebra, geometria e trigonometria em intervalos de 20 minutos.
A técnica consiste em realizar testes sobre o material de estudo, promovendo a recuperação ativa da informação.
É muito fácil usar essa técnica, basta incorporar quizzes, flashcards e simulados nos estudos para recuperar as informações.
Exemplo: Após estudar um capítulo de biologia, faça um quiz sobre os conceitos principais em vez de apenas reler o texto.
A explicação elaborativa, envolve explicar conceitos em suas próprias palavras, melhorando a compreensão. Essa estratégia ajuda a integrar novos conhecimentos aos que já possuímos, facilitando uma compreensão mais profunda.
Basta explicar o conteúdo como se estivesse dando uma explicação para alguém, usando suas próprias palavras simples para descrever conceitos complexos.
Exemplo: Estude um processo biológico explicando cada etapa como se estivesse ensinando um colega que não conhece o assunto.
Tony Buzan popularizou os mapas mentais, onde esta técnica envolve a criação de representações visuais das informações.
Crie mapas mentais ou resumos visuais destacando as principais ideias e relações entre conceitos.
Exemplo: Ao estudar anatomia, desenhe um mapa mental dos sistemas do corpo, mostrando como cada sistema se conecta aos outros.
Hoje é possível encontrar aplicativos que ajudem a criar os mapas mentais com mais facilidade, por exemplo, o Mind Map.
Esta abordagem requer que você se envolva ativamente com o material, o que pode impulsionar significativamente seu desempenho acadêmico. Isso inclui anotações, perguntas e discussões.
Mantenha-se engajado com o material por meio de anotações detalhadas, questionamentos e participação em discussões.
Exemplo: Durante uma leitura, faça anotações nas margens, resuma parágrafos com suas próprias palavras e elabore perguntas sobre o texto.
Baseado nas práticas de ensino de Richard Feynman, esta técnica envolve simplificar e explicar conceitos complexos de maneira acessível.
Para usar, escolha um tópico, explique-o como se estivesse ensinando uma criança, identifique lacunas na sua explicação e revise o material para preencher essas lacunas.
Exemplo: Para estudar a fotossíntese, explique cada etapa do processo como se estivesse ensinando uma criança de 10 anos, garantindo que você compreende cada parte.
Usar vários sentidos na hora de aprender pode melhorar a retenção de informações. Usar diferentes formatos de apresentação ajuda a reforçar a memória.
Para estudar com o método, utilize vídeos, gráficos, áudios e textos, combinando diferentes formatos de apresentação.
A metacognição consiste em refletir sobre o próprio processo de aprendizado e evoluir a partir disso. Esta técnica permite ajustar estratégias de estudo de maneira eficiente.
Pratique a autorreflexão perguntando-se o que você entende, o que não entende e como pode melhorar suas estratégias de estudo.
Por exemplo, após uma sessão de estudo, faça uma pausa para refletir sobre quais tópicos foram compreendidos facilmente e quais precisam de revisão adicional, ajustando seu plano de estudo conforme necessário.
Se sente mais pronto para estudar para Medicina? As técnicas de estudos que trouxemos são simples de implementar, mas podem ajudar, e muito o seu aprendizado.