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Medicina

Prescrição médica: como fazê-la de forma segura para evitar erros e riscos

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Se tem uma coisa que todo futuro médico precisa dominar é a prescrição médica, e não é só pra parecer profissional, não. Prescrever com segurança é um dos pilares da prática médica, e pequenos erros podem trazer grandes riscos para o paciente (e dor de cabeça pro médico também).

Neste post, você vai entender como fazer uma prescrição médica segura, sem complicação, mas com responsabilidade. Boa leitura!

O que é uma prescrição médica?

A prescrição médica é um documento formal que o médico emite para orientar o tratamento de um paciente. É por meio dela que o profissional registra o que o paciente deve fazer, tomar, aplicar ou seguir para tratar ou controlar uma condição de saúde.

Simples assim: é a “ordem” técnica e legal do médico para o cuidado do paciente.

Mas ela não é só um papel com nome de remédio, ela é um instrumento legal, técnico e ético. Isso significa que:

  • Legal, porque tem valor jurídico: só quem é médico pode prescrever, e isso é regulamentado por lei.
  • Técnico, porque precisa ter lógica e base científica. Não dá pra jogar o nome de um remédio lá e pronto. Tudo precisa fazer sentido com o diagnóstico, o quadro clínico e o perfil do paciente.
  • Ético, porque envolve responsabilidade. O médico responde pelo que está indicando, inclusive se houver erro ou omissão.

O que pode aparecer numa prescrição?

A prescrição não serve só para medicamentos. Ela pode incluir:

  • Nome do(s) medicamento(s)
  • Dose exata
  • Forma de administração (oral, injetável, tópica, etc.)
  • Horários ou frequência
  • Duração do tratamento
  • Recomendações clínicas (como repouso, dieta, evitar esforço, etc.)
  • Exames complementares
  • Encaminhamentos
  • Procedimentos não farmacológicos

Ela pode ser feita à mão, digitada ou até eletronicamente, desde que siga os padrões exigidos (principalmente quando envolve medicamentos controlados, antibióticos, etc.).

Como fazer uma boa prescrição médica?

https://giphy.com/gifs/onechicago-nbc-one-chicago-med-46GejNzgHjPrMZXFFf

Identifique o paciente

Começa pelo básico:

  • Nome completo
  • Idade
  • Peso (especialmente importante em pediatria ou se o medicamento depende da massa corporal)
  • Sexo
  • Data da prescrição

Aquilo que a gente já te falou anteriormente. Essas informações ajudam a evitar confusão e garantem que o tratamento seja individualizado.

Coloque os dados do prescritor

Sim, tem que ter:

  • Nome do médico
  • Número do CRM
  • Assinatura
  • Carimbo (obrigatório em muitas instituições)

Se for uma receita controlada, esse item é ainda mais importante, porque sem isso a farmácia nem aceita.

Escreva o nome do medicamento (com atenção)

Sempre pelo nome genérico, nunca comercial. Exemplo:

  • Paracetamol (e não Tylenol)
  • Amoxicilina (e não Amoxil)

Além de ser mais seguro, evita conflitos de interesses e confusões com nomes parecidos.

Especifique a dose com clareza

Aqui muita gente erra. Tem que colocar a quantidade exata e na unidade correta, como:

  • 500 mg
  • 1 g
  • 10 mL
  • 20 gotas

Evite abreviações tipo "1 comp." ou "1 cp" se não tiver certeza de que o paciente vai entender. O ideal é ser o mais direto possível: “Tomar 1 comprimido”.

Informe a via de administração

Pode parecer óbvio, mas não é. Precisa deixar claro como o paciente vai usar o medicamento:

  • VO (via oral)
  • IV (intravenosa)
  • IM (intramuscular)
  • SC (subcutânea)
  • Tópica (uso externo)
  • Inalatória

Exemplo: “Amoxicilina 500 mg VO a cada 8h”.

Frequência e duração

Aqui entra o “de quanto em quanto tempo” e “por quantos dias”:

  • A cada 6h
  • 1 vez ao dia
  • Por 7 dias
  • Até acabar os sintomas (só se for seguro e fizer sentido)

Evite escrever “usar conforme orientação”, porque isso deixa margem pra erro.

Coloque orientações complementares

Isso inclui:

  • Jejum ou não
  • Evitar álcool
  • Se pode ou não dirigir
  • Tomar com água
  • Evitar certos alimentos

Exemplo: “Tomar após as refeições. Evitar bebidas alcoólicas durante o tratamento.”

Revisar antes de entregar

Lê de novo com calma. Vê se está:

  • Legível
  • Completo
  • Coerente com o diagnóstico
  • Individualizado pro paciente

Lembre-se: prescrição errada ou mal escrita pode dar problema de verdade, inclusive legal.

https://giphy.com/gifs/HallmarkChannel-smile-yes-cCaSeXFNKlu6zBtSGd

Além disso, é importante lembrar: este conteúdo tem caráter informativo e educativo, voltado para estudantes de medicina que desejam entender melhor o processo de prescrição médica

Ele não substitui o ensino formal, prático e supervisionado de um curso de graduação em Medicina. A prática médica deve sempre ser realizada com respaldo técnico, ético e legal, conforme as diretrizes das instituições de ensino e dos conselhos profissionais.

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