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PBL Medicina: entenda como funciona a metodologia

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Você já parou para pensar como a educação médica evoluiu ao longo dos anos? Com a necessidade crescente de formar profissionais de saúde mais preparados e adaptáveis, surgiram novas metodologias de ensino. Uma delas é o PBL (Problem-Based Learning), ou Aprendizado Baseado em Problemas, que tem ganhado destaque.

Vamos explorar juntos como essa metodologia funciona e por que ela é uma excelente opção para os futuros médicos.

O que é método de ensino PBL em Medicina? 

O PBL é uma abordagem educativa onde os estudantes aprendem sobre um assunto através da resolução de problemas complexos e reais. Originado na década de 1960 na Universidade McMaster, no Canadá, o PBL foi desenvolvido para responder às limitações dos métodos tradicionais de ensino, que muitas vezes eram mais teóricos e menos interativos.

Como funciona o método PBL para Medicina?

No método PBL, as aulas são estruturadas em torno de problemas que os estudantes devem resolver. Em vez de receberem todas as informações em aulas expositivas, os estudantes se tornam investigadores ativos. 

Eles trabalham em pequenos grupos, guiados por tutores que facilitam o processo de aprendizagem. Esses tutores não são apenas fontes de conhecimento, mas ajudam os estudantes a desenvolverem habilidades de pensamento crítico e resolução de problemas.

Estrutura de um curso baseado em PBL

1. Identificação do problema

As aulas têm apresentação de um problema clínico realista. Por exemplo, os estudantes podem ser apresentados a um paciente fictício com sintomas vagos como febre, fadiga e dores musculares.

2. Discussão em grupo

Os estudantes se reúnem em pequenos grupos para discutir o problema. Eles começam a identificar o que sabem e o que precisam aprender para resolver o caso. Nesta fase, eles geram hipóteses e planejam a investigação necessária para confirmar ou refutar essas hipóteses.

3. Estudo independente

Após a discussão inicial, cada estudante realiza pesquisas individuais para encontrar informações relevantes sobre o problema. Isso pode incluir revisão de literatura médica, consulta a livros-texto ou busca de informações em bases de dados científicas.

4. Reunião de síntese

Os grupos se reúnem novamente para compartilhar suas descobertas. Eles discutem as informações coletadas, ajustam suas hipóteses e elaboram um plano de ação para resolver o problema. O tutor facilita essa discussão, garantindo que todos os pontos-chave sejam abordados.

5. Aplicação prática

Os estudantes aplicam as soluções discutidas para resolver o problema inicial. No caso de nosso exemplo, eles poderiam sugerir testes diagnósticos específicos, como exames de sangue ou radiografias, para identificar a causa dos sintomas do paciente fictício.

Metodologia PBL aliada a TBL

Outra metodologia complementar ao PBL é o TBL (Team-Based Learning), ou Aprendizado Baseado em Equipes. O TBL enfatiza o trabalho colaborativo e é especialmente eficaz quando combinado com o PBL. No contexto médico, essa combinação permite que os estudantes discutam casos clínicos em equipe, promovendo uma aprendizagem mais profunda e integrada.

Por que o método PBL é uma ótima opção para estudantes de Medicina?

Surgida nas décadas de 1960 e 1970, essa metodologia promove um aprendizado ativo e centrado no aluno, diferente do ensino tradicional de aulas expositivas.

Desenvolvimento de habilidades clínicas

O PBL utiliza casos clínicos reais ou simulados, auxiliando os estudantes a desenvolverem habilidades como raciocínio clínico, tomada de decisão e resolução de problemas, preparando-os para enfrentar situações semelhantes na prática médica.

Trabalho em equipe e comunicação

O método envolve trabalho em grupo, melhorando a comunicação e colaboração entre os estudantes, refletindo o ambiente de trabalho médico onde a interação entre profissionais é essencial.

Integração de teoria e prática

O PBL integra teoria e prática continuamente, permitindo que os estudantes apliquem o conhecimento teórico em problemas práticos, facilitando a retenção de informações e a confiança na atuação médica.

Autoaprendizagem

Os estudantes são incentivados a buscar ativamente informações para resolver problemas, desenvolvendo habilidades de autoaprendizagem e pesquisa, essenciais na Medicina devido ao constante avanço do conhecimento e tecnologias.

Pensamento crítico e reflexivo

Ao lidar com casos clínicos complexos, os estudantes são levados a questionar e analisar criticamente as informações, promovendo uma prática médica baseada em evidências científicas.

Preparação para o ambiente clínico

O PBL prepara os estudantes de forma prática e realista para o ambiente clínico, proporcionando uma compreensão profunda das demandas da profissão e tornando-os mais adaptáveis e competentes no mercado de trabalho.

Em suma, o PBL é uma metodologia eficaz para formar médicos competentes e humanizados, desenvolvendo habilidades clínicas, promovendo o trabalho em equipe, integrando teoria e prática, incentivando a autoaprendizagem e preparando os estudantes para a realidade do ambiente clínico.

Aqui na Uniredentor usamos as metodologias ativas  de ensino

As metodologias ativas de ensino são abordagens educacionais que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem, promovendo uma participação mais ativa e engajada na construção do conhecimento.

Ao contrário das metodologias tradicionais, onde o professor é o principal transmissor de informações e os alunos são receptores passivos, as metodologias ativas incentivam os alunos a serem protagonistas de sua própria aprendizagem.

Aqui trabalhamos com metodologias ativas de ensino, num geral, tais como:

  • Aprendizagem em Pequenos Grupos (APG – baseado no PBL, TBL, Problematização e Sala Invertida) (SOI);
  • Aprendizagem baseada em projetos (IESC);
  • Problematização;
  • TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação (SOI e CI);
  • Método de Aprendizagem por Raciocínio Clínico (MARC – baseado no PBL e raciocínio clínico) (Clínicas Integradas);
  • Raciocínio Clínico-cirúrgico (RCC) (Clínica Cirúrgica);
  • Palestras;
  • Práticas (Laboratório Multidisciplinares);
  • Treinamento de Habilidades / Simulação em Saúde;
  • Treinamento em serviço (APS, Ambulatórios, Hospitais e Urgência/Emergência).

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