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UniRedentor
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Se você é do tipo que curte ver as coisas acontecendo de verdade, com ação, precisão e aquela adrenalina controlada, talvez a cirurgia geral seja a especialidade médica que vai fazer seus olhos brilharem.
Esquece a imagem glamourosa de filme e foca na real: o cirurgião geral é o profissional que entra em cena quando o problema precisa ser resolvido com bisturi, técnica e sangue frio.
Mas afinal, o que exatamente se faz na cirurgia geral? Como é o dia a dia dessa profissão que exige foco absoluto e decisões rápidas? E, se esse for o seu objetivo, por onde começar a trilhar esse caminho?
Nesse post, a gente te explica tudinho. Boa leitura!
A cirurgia geral é uma das residências médicas mais tradicionais e também uma porta de entrada para várias outras especializações cirúrgicas.
Ela prepara o médico para atuar com procedimentos cirúrgicos mais amplos, principalmente os que envolvem o sistema digestivo, parede abdominal, mama, pele e tecidos moles.
A residência em cirurgia geral tem duração de 3 anos (desde 2018, quando o programa foi ampliado). Antes, eram só 2. Esse tempo extra foi adicionado para aprofundar mais o conhecimento técnico e dar mais autonomia ao residente.
Você precisa ter se formado em medicina e passado na prova de residência (geralmente via PSU – Processo Seletivo Unificado, ou concursos próprios de hospitais).
É bem puxada. Você vai trabalhar muito, com plantões, cirurgias, ambulatórios, enfermaria, visitas, reuniões de caso... Tudo isso com acompanhamento de preceptores.
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Durante a residência, você vai aprender desde a abordagem de um paciente cirúrgico até a execução de cirurgias de pequeno e médio porte. Os temas vão desde apendicite, hérnias, colecistectomia (vesícula), até atendimento de traumas e emergências abdominais.
Você também aprende técnicas de sutura, manuseio de materiais cirúrgicos, cuidados pré e pós-operatórios, além de anatomia aplicada à cirurgia e raciocínio clínico-cirúrgico.
Muita coisa é treinada em laboratório de habilidades e simuladores, mas o dia a dia mesmo é no centro cirúrgico, no ambulatório e nos plantões. A prática é intensa e fundamental.
Quando você conclui a residência, você pode:
Mas como é o trabalho de um cirurgião geral? Isso nós vamos te mostrar no tópico seguinte, continue lendo!
O cirurgião geral é o médico que diagnostica, avalia, indica e realiza cirurgias. Ele trabalha com uma variedade de procedimentos, principalmente nos sistemas digestivo, abdominal, parede abdominal (tipo hérnias), mama, pele, partes moles, entre outros.
Ele não cuida só da parte de cortar, costurar e remover coisas. Ele acompanha todo o processo cirúrgico: desde o pré-operatório (avaliar riscos, pedir exames, preparar o paciente), o ato cirúrgico em si, até o pós-operatório, que é o momento de ver se o paciente tá se recuperando direitinho, se teve complicações, se vai precisar de cuidados extras, etc.
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Não existe rotina 100% igual todo dia, mas normalmente envolve:
De manhã, é comum visitar os pacientes internados. Ele verifica se estão estáveis, como foi a recuperação da cirurgia, se tem sinais de infecção, dor, sangramento ou qualquer complicação.
Tem dias reservados para cirurgias eletivas (programadas). Pode ser retirada de vesícula, hérnias, biópsias, cistos, entre outras. São feitas em centros cirúrgicos com equipe completa: anestesista, instrumentador, enfermagem, etc.
Aqui o bicho pega. O cirurgião geral é quem atende muitos dos casos de emergência hospitalar que precisam de cirurgia: apendicite aguda, abdome agudo, perfurações intestinais, hemorragias internas, trauma abdominal, etc.
Ele precisa ser rápido, tomar decisões com base em poucos dados e ir pra sala de cirurgia sem perder tempo, muitas vezes.
Além de operar, ele também atende no consultório ou ambulatório, faz avaliações pré-operatórias, retornos de cirurgia, troca de curativos, avaliação de cicatrização, etc.
Muitos cirurgiões trabalham com plantões em prontos-socorros, especialmente os que estão no começo da carreira. Emergência cirúrgica não escolhe hora, então tem que estar preparado.
O trabalho é bem puxado. É físico e mentalmente desgastante. Você fica de pé por horas, precisa ter coordenação fina, saber lidar com estresse, correr contra o tempo quando o caso é urgente e ainda manter foco total em cada detalhe da cirurgia.
E outra: um erro em cirurgia pode custar muito caro, então não dá pra relaxar nem um segundo. É desafiador, mas muito gratificante, você será como um heroi da vida real, ajudando pessoas e salvando vidas todos os dias.
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