1.7.2016
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Alguém, na academia, te contou que adotar o consumo de "a" ou "b" ajuda a manter seu vigor e disposição para os exercícios? Ou algum(a) amigo(a) garantiu que se você incluir produto X na sua dieta regular vai garantir os níveis de vitamina que seu corpo precisa para funcionar bem?
Para tudo! Presta atenção!
As vitaminas estão entre os principais nutrientes consumidos sob a forma de suplementos, porém, especialistas alertam: a qualidade de absorção das mesmas em cápsulas nem se compara à obtida por meio dos alimentos in natura.
O que isso significa?
Que as tais vitaminas podem, sim, ser encontradas em uma cápsula colorida, mas só serão integralmente absorvidas (como o organismo precisa) se consumidas em alimentos in natura (como morangos ou castanhas). Fora disso, como dizem os especialistas, você vai - no máximo - produzir uma urina mais cara.
Sim, porque esses produtos não são baratos e, não se engane, seu corpo não vai absorvê-los como você imagina. Vai tudo embora no xixi.
E tem outro problema, este bem grave. Se você incluiu a suplementação alimentar no seu cotidiano sem orientação profissional não sabe se realmente precisa dela ou não. E se, no seu caso, este acréscimo vitamínico não for necessário, a suplementação pode ser um caminho aberto em direção a doenças cardiovasculares e cânceres.
Perigoso, não?
Pois é, mas tem muita gente usando suplementação vitamínica no Brasil e, muito provavelmente, sem o devido acompanhamento. Pesquisa recém-divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) revelou que 54% dos lares brasileiros têm pelo menos um indivíduo que consome suplementos. Nessas casas, as vitaminas representam a maior fatia de consumo, com 48%, seguidas por minerais e suplementos extraídos de plantas, com 22% e 19%, respectivamente.
Diante de tais números, é bom prestar especial atenção às orientações da Profa. Annie Bello, que leciona Nutrição na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e é pesquisadora do Instituto Nacional de Cardiologia. Ela lembra que - de acordo com estudos - a ingestão do betacaroteno de frutas e legumes diminui o risco de doenças cardiovasculares, porém, quando o referido nutriente é suplementado torna-se potencial deflagrador de câncer de pulmão.
Quer outro exemplo?
Ok, vamos à vitamina E. Consumida em sua forma natural, em castanhas e/ou sementes, previne doença coronariana. Porém, ingerida em forma de suplemento, pode aumentar o risco de derrame.
Viu como é perigoso se automedicar?
A Faculdade Redentor recomenda: sempre que achar que está precisando de vitaminas, procure um(a) profissional de saúde para orientá-lo(a) adequadamente. Sua saúde vai agradecer.
[Fonte: O Globo]