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Biologia nota 10!

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Quando compôs “Planeta Água”, na década de 1980, Guilherme Arantes fez uma verdadeira exaltação a esse elemento tão imprescindível à vida. Hoje, no entanto, pensar na água do planeta não é uma atitude nada poética. O aquecimento global, a degradação do meio ambiente (e, no caso brasileiro, as recentes crises de abastecimento) vêm mostrando que muito ainda deve ser feito para os rios não serem motivos de preocupação para os governantes e para a sociedade. 
Felizmente, o futuro pode não ser tão tenebroso quanto alguns pintam, sobretudo quando as novas gerações se preocupam com a questão da água. Em Itaperuna, isso é visível no curso de Ciências Biológicas da Faculdade Redentor, que além de ter sido considerado o melhor do país e ter recebido o selo CFBio de Qualidade de Cursos de Ciências Biológicas – 2015 (uma dos maiores atestados de eficiência no setor), promove diversas ações com os alunos em prol de rios e mananciais.
É o que conta, ao Mania de Saúde, o coordenador do curso, professor Marcos Paulo Machado Thomé. “Os alunos se preocupam muito com a falta d’água, a preservação ambiental, a sustentabilidade etc. Inclusive, temos feito alguns trabalhos curriculares, que resultam até em extensão de serviço para proprietários rurais. Um exemplo é o levantamento de fauna e flora que vamos fazer agora, um trabalho curricular, de sala de aula, em que vamos sair para a prática e gerar informações para esse proprietário rural sobre a mata existente em sua propriedade, as espécies de vegetais mais abundantes ali, entre outros dados. Para ele, isso é uma ferramenta importante, que a gente chama de diagnóstico rápido para criação de RPPN, ou seja, Reserva Particular do Patrimônio Natural. Trata-se, então, de uma prestação de serviços para a comunidade e ao mesmo tempo uma atividade prática do curso”, disse Thomé.
Ele cita um trabalho feito há dois anos com o poder público de Varre-Sai, que tenta sanar os problemas da qualidade de água consumida pela população. “Fazemos análise microbiológica da água de mananciais utilizadas pela população rural para consumo próprio, que é uma preocupação muito grande. Ao todo, já analisamos mananciais em 35 propriedades”, conta o coordenador. “Isso tudo demonstra a preocupação que temos de sempre buscar soluções práticas para aquilo o que é debatido em sala de aula”.
Outro destaque, nesse sentido, é o trabalho em parceria com a UFRJ sobre a biologia reprodutiva das espécies nativas da região, que, segundo Thomé, é inovador. “Não existe nenhum trabalho sobre isso. Ele visa trazer informações que se tornarão subsídios para a gestão do recurso pesqueiro. É muito importante viabilizar projetos de parcerias dessa natureza com outras instituições que já fazem isso, como a UFRJ”, declarou.
Toda essa preocupação, na opinião do coordenador, desemboca na conquista do selo CFBio. “Nós ganhamos mais uma autonomia na formação profissional e recebemos todo esse apoio do conselho profissional, que é forte, para os nossos egressos, além de confirmar o status de qualidade do curso. Afinal, todo um procedimento foi necessário para que isso acontecesse. É muito bom ver um curso se destacar dessa maneira, objetivando uma formação plena do aluno, com foco nas peculiaridades regionais e na sustentabilidade”, finalizou Thomé.

Texto produzido em: 17/09/2015

Fonte: Mania de Saúde