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1ª Conferência DIR/ Floortime Internacional no Brasil ultrapassou objetivos

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Aconteceu em Itaperuna (RJ), nos dias 24, 25 e 26 a 1ª Conferência DIR/ Floortime Internacional no Brasil. O evento foi destinado às famílias e profissionais envolvidos com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) para conhecer ou se aprofundar no método DIR/ Floortime que é um tratamento ainda pouco difundido no país, porém, tem mostrado maior eficiência em outras partes do mundo. A 1ª Conferência DIR/ Floortime Internacional no Brasil foi uma realização da Faculdade Redentor, portal Capeia Azul e Fundação Profectum.

O congresso, que ocorreu no auditório do Hotel Caiçara, contou com aproximadamente 200 pessoas vindas de vários estados interessadas em entender melhor o autismo e o método DIR/ Floortime. Tanta expectativa se deu pela oportunidade para assistir às palestras da psicóloga norte-americana da Fundação Profectum, Serena Wider, uma das criadoras desse modelo de tratamento, além das outras integrantes da equipe, a terapeuta ocupacional Rosemary White, e a fonoaudióloga, Sherri Cawn, todas pela primeira vez no Brasil. Além delas, a psicoterapeuta Patrícia Piacentini, responsável por trazer o método DIR/ Floortime para o Brasil, as fonoaudiólogas Juliana Maia Lopes e Adriana Fernandes, as fisioterapeutas Renata Ponte e Helena Gueiros, e a médica nutróloga e ortomolecular Simone Pires. Os temas como linguagem, o uso do esporte no desenvolvimento, a inclusão escolar, a jornada da família, entre outros assuntos foram abordados. No último dia ainda houve um curso de formação onde os profissionais puderam apresentar vídeos de casos com que trabalham atualmente para receber orientações para melhoria do trabalho.

A clínica-escola da Faculdade Redentor que é o Centro de Atendimento Clínico de Itaperuna (Caci) receberam nos dias 27 e 28 treinamento de Serena Wider, Sherri Cawn, Rosemary White e Patrícia Piacentini. Elas passaram o dia no Caci onde há o “Centrinho” que realiza atendimento a crianças com transtornos diversos e tem especialização para autistas. As especialistas em DIR/ Floortime acompanharam várias crianças e fizeram atendimentos.  

Em relação à 1ª Conferência DIR/ Floortime Internacional no Brasil, a fonoaudióloga norte-americana, Sherri Cawn enfatizou que o caminho é trazer conhecimento para que os profissionais possam ser capacitados. “Com a Faculdade Redentor, a escola e as crianças no Caci, o trabalho é esse mesmo com integração para dar suporte e dar treinamento, o que nem sempre é fácil, mas os resultados serão ótimos e mais crianças virão”, concluiu a especialista.

Cláudia Boechat, presidente da 1ª Conferência DIR/ Floortime Internacional no Brasil se sentiu realizada com a concretização do evento. “Nosso objetivo é propagar o método e incentivar profissionais a aprenderem os conceitos, que são simples e podem ser usados nas atividades clínicas diárias com um ótimo ganho para o paciente e sua família”, acrescenta Cláudia que também é fisioterapeuta e vice-diretora da Faculdade Redentor.

Segundo o diretor geral da Faculdade Redentor, Heitor Antônio da Silva, realizar um evento como esse é a culminância de um trabalho que é desenvolvido pela instituição, além do empenho pessoal da vice-diretora, Cláudia Boechat. “A conferência internacional é resultado de um projeto que é o Centro de Atendimento Clínico de Itaperuna (Caci) que funciona como nossa clínica-escola. A proposta de trabalho da Redentor é mudar parâmetros e propósitos, tanto que foi o primeiro evento internacional que aconteceu em Itaperuna, principalmente em questão de saúde. Nosso objetivo está apenas começando, queremos transformar Itaperuna no maior centro de tratamento de autismo no Brasil, e quiçá da América Latina. Outra coisa, é destacar o empenho pessoal da Cláudia Boechat ao realizar todo esse trabalho que se iniciou por causa do Daniel, filho dela e meu neto, que é autista”, enfatizou o diretor Heitor A. da Silva.

O método – “Floortime” significa, literalmente, ‘tempo de chão’, ou seja, o tempo que os pais e profissionais passam com as crianças, observando o porquê de suas atitudes e estimulando a realização das tarefas escolares e cotidianas com base em sua observação. Trata-se de um método não impositivo, que estimula o prazer em aprender e agir, sem necessidades de outras recompensas, como presentes. É um modelo eficaz e humano, mas, por enquanto, poucas instituições o utilizam.